Meu nome é
Marina, tenho 17 anos e fiz intercâmbio pela Esquema Internacional. Fui para os
Estados Unidos no primeiro semestre de 2012.
Como
todos que buscam essa experiência em outro país, eu estava muito ansiosa para
receber uma host family e descobrir para que lugar eu iria. Recebi a notícia de
que um casal jovem, pais de dois filhos pequenos (2 anos e 6 meses) havia me
escolhido em Oklahoma em dezembro de 2011. Em duas semanas eu estava embarcando
em um avião rumo ao Centro-Sul dos Estados Unidos e à melhor experiência que eu
já tive.
Confesso
que eu me assustei um pouco quando eu cheguei lá. A casa em que eu ficaria hospedada ficava em
uma comunidade rural chamada Bethel Acres e era um pouco afastada da cidade
(Shawnee). Eu não sabia se iria me adaptar ao estilo de vida “country”. Por
outro lado, eu havia adorado a minha família americana logo de cara, e eu sabia
que nós teríamos um bom relacionamento.
O
começo foi difícil. Apesar de adorar os Griffith, eu estava tendo dificuldades
para me adaptar, principalmente à escola, pois eu cheguei para o segundo
semestre do ano letivo e todos já estavam bem enturmados. Além disso, a saudade
de casa era grande. Eu chorava muito e em vários momentos quis voltar para o
Brasil.
Ainda
bem que eu não voltei! Depois de mais ou menos 3 semanas aquele sentimento ruim
passou e eu fiquei mais confortável. Fiquei amiga das outras duas
intercambistas que estavam lá havia mais tempo e entrei no time de basquete
como manager. Participar de algum clube ou praticar algum esporte é uma das
melhores formas de fazer amigos e ter experiências bem diferentes. Eu fui para
vários lugares em Oklahoma com o time, por causa das competições, e isso foi
ótimo.
Depois
que a temporada de basquete acabou, eu entrei na equipe de atletismo, também
como manager, e fui para vários lugares nos chamados “trackmeets”, onde atletas
das escolas do estado competiam em diferentes modalidades.
Morar
com a Tana (host mother), o Aaron (host father), com o Preston (2 anos) e com a
Ava (6 meses) foi muito bom. Pela idade deles, era difícil vê-los como um pai e
uma mãe para mim. Eles eram (e continuam sendo) como primos ou irmãos mais
velhos, o que não quer dizer que tudo era moleza. Além de cumprirem o seu papel
como meus responsáveis, eles se tornaram grandes amigos meus e eu adorava
passar tempo com eles. Morar com duas
crianças tão pequenas também foi muito bacana, eu adorei e me apeguei muito a
eles!
A
saudade do Brasil enquanto eu estava lá fica pequena quando comparada com a
saudade que eu sinto dos meus amigos, da minha escola e principalmente da minha
família de lá. Conheci pessoas maravilhosas nesses cinco meses e tive
experiências incríveis, que eu jamais imaginava que teria. Além disso, foi um
período de muito aprendizado. Aprendi a lidar com alguns sentimentos e
situações sozinha, meu inglês está melhor e hoje eu sou mais independente. O contato com uma cultura diferente também me
fez valorizar mais a minha. O intercâmbio me fez ver o mundo com outros olhos.
Ele foi a melhor escolha que eu fiz e eu gostaria que todos tivessem essa
oportunidade um dia. Recomendo a todos!
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